A Construção e (Des)construção da Identidade da Seleção Brasileira
Desde que o brasileiro conheceu o futebol, houve uma identificação com o esporte, que se tornou uma paixão nacional. E para o torcedor, a Seleção Brasileira sempre foi vista como patrimônio, onde valores como a tradição e o sagrado sempre prevaleceram.
Porém com a comercialização do jogo ( o jogo transformado em negócio) essa relação mudou. Como consequência, o que parece ter ocorrido é uma (des)construção dessa identidade e da relação de pertencimento do torcedor no que se refere à Seleção. Hoje em dia, torna-se perceptível o fato de que os torcedores têm uma identidade muito maior com seus times regionais e locais.
No ano de 1919, os torcedores começaram a ter com a Seleção Brasileira em vínculo identitário que se tornaria o que Nelson Rodrigues chamou de “Pátria de Chuteiras”. Com sua crescente representatividade cultural e social, o futebol tornou-se um componente fundamental para a formação do conceito de brasilidade. Destacando em seu perfil, suas principais características; habilidade, ginga e capacidade de improvisação dos jogadores brasileiros. E entrando em campo com uma equipe diversificada, composta por várias raças.
A mídia com todos os seus atributos, também têm forte influência sobre a popularização do futebol e formação da identidade nacional. O rádio foi o primeiro veículo de massa a mexer com o imaginário dos torcedores que não podiam ir aos estádios. Porém, além do rádio,com a inovação e a tecnologia, novos tipos de mídia deram uma nova dimensão ao discurso midiático.
Com vários fatores que vêm ocorrendo, a expressão “Pátria das Chuteiras”, criada para expressar a identidade nacional com o futebol, parece estar perdendo seu sentido. Resultando em um processo de internacionalização do futebol, gerando um sentimento de não pertencimento do torcedor em relação à Seleção Brasileira. Causas decorrentes de; jogos do Brasil em campos internacionais, longe do torcedor; as notícias