ruptura com paradigma da educação rural
O conceito educação rural esteve associado a uma educação precária,atrasada,com pouca qualidade e poucos recursos. Tinha como pano de fundo um espaço rural visto como inferior,arcaico. O movimento por uma educação do campo recusa essa visão,concebe o campo como espaço de vida e resistência,onde camponeses lutam por acesso e permanência na terra e para edificar e garantir um modus vivendi que respeite as diferenças quando a relação com a natureza, com o trabalho,sua cultura,suas relações com eles,camponeses.
A Educação do campo é um novo paradigma que vem sendo construído por eses grupos sociais. Esse paradigma rompe com a paradigma da Educação rual, que tem como referencia o produtivismo,ou seja o campo somente como lugar da produção de mercadorias e não como espaço de vida.
A construção do paradigma da Educação do Campo
A ideia da Educação do campo nasceu em julho de 1997,quando da realização do encontro nacional de educadoras e educadores da reforma agrária-ENERA, no campus da universidade de Brasília – UNB ,promovido pelo movimento dos trabalhadores rurais sem terra –MST ,em parceria com a própria UNB,o fundo das nações unidas para infância –UNICEF ,a organização das nações unidas para educação ,Ciência e cultura- UNESCO e a conferencia nacional dos bispos do Brasil- CNBB.
As experiências construídas pelos movimentos camponeses e organizações correlatas especialmente por meio do PRONERA- programa nacional de educação na reforma agrária.
No período de 1997 a 2004 aconteceu a espacialização da educação do campo através de diversos movimentos e organizações. A relação com instituições públicas foi ampliada por meio de parcerias com universidades federais, estaduais e comunitárias de todas as regiões.
A criação de cursos de alfabetização de jovens e adultos, de cursos de nível médio, de nível superior: graduação e pós – graduação proporcionou a elaboração de monografias em diversas áreas do conhecimento.