extansao rural
Mundo Rural, Políticas Públicas, Instituições e Atores em Reconhecimento Político
06 a 09 de julho de 2010, UFPR, Curitiba (PR)
GT2 - POLÍTICAS PÚBLICAS: QUADROS INSTITUCIONAIS E BENEFICIÁRIOS
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A EXTENSÃO RURAL ENTRE DISCURSOS E PRÁTICAS
Danielle Wagner Silva
Eng. Agrônoma, Mestranda do PPG Agriculturas Amazônicas, Mestrado em Agriculturas
Familiares e Desenvolvimento Sustentável- MAFDS/NCADR//UFPA.
Email: danicawagner@yahoo.com.br
GT 02- Políticas Públicas: quadros institucionais e beneficiários
INTRODUÇÃO
A assistência técnica e extensão rural- ATER- no Brasil, enquanto processo educativo, surge no bojo do processo de modernização da agricultura e tendo prática baseada no modelo linear de transferência de tecnologia, contribuiu para expansão das relações capitalistas de produção no campo (FONSECA, 1985). Todavia, em consonância com o movimento antagônico cujos porta-vozes colocam em questão a lógica de desenvolvimento até então hegemônica e se apresentam como dissidentes do modelo preconizado pela revolução verde, o serviço de ATER vem sendo reformulado. Esta reformulação respalda em princípios agroecológicos, preconizando a contribuição com o desenvolvimento rural sustentável
(CAPORAL e COSTABEBER, 2001; CAPORAL, 2003), significando ruptura cognitiva que vem deslocando barreiras, na tentativa de promover transformações não apenas na práxis dos agricultores, mas também nos paradigmas das políticas públicas.
Partindo desse contexto, neste trabalho de revisão das temáticas obrigatórias e concorrentes que têm nutrido a literatura concernente, pretendo então discorrer sobre as contraposições que embasam as diversas abordagens da extensão rural no cenário brasileiro, enfocando, em cada contexto de consagração conceitual, as possibilidades e os desafios, mas principalmente refletindo sobre as alternativas de execução do serviço de ATER no formato da agroecologia.
Para tanto, o texto foi elaborado