rumen
O principal interesse produtivo do ruminante esta na capacidade de aproveitar os nutrientes na digestão microbiana. No rúmen e no ceco, o desenvolvimento desta microflora e microfauna permitem o aproveitamento eficiente de vários nutrientes, principalmente para produção de energia, essencial na manutenção corporal e produção do bovino, demonstrando assim a simbiose com o animal.
A microbiologia do rúmen é extremamente completa, devido ao grande número de organismos presentes, sendo que suas diferentes naturezas e as mudanças da população, resultam na mudança da dieta do animal hospedeiro (TEIXEIRA, 1991).Desta forma, o rúmen funciona como uma câmara de fermentação, devido a uma série de mecanismos fisiológicos do hospedeiro (SOEST, 1982).
A ação da população microbiana ruminal sobre o substrato (alimento do hospedeiro) tem especial importância, pois constitui a base da fisiologia digestiva dos ruminantes. Celulose e hemicelulose representam a maior fonte potencial de energia para os animais herbívoros (ARCURI, 1992), após a degradação pelos complexos enzimáticos de microorganismos animais. Além dessa fundamental capacidade hidrolítica, estes microorganismos reduzem acentuadamente o volume de matéria seca que passa à porção pós-ruminal do trato digestivo (DEHORITY, 1987).
O AMBIENTE MICROBIOLÓGICO DO RÚMEN
O rúmen apresenta características peculiares que o tornam um ecossistema anaeróbico propício para o desenvolvimento microbiano (TEIXEIRA, 1991). Neste ambiente podem se encontrar também leveduras, principalmente em animais jovens.
A temperatura ruminal está média entre 38º a 42º C e é mantida por mecanismos homeotérmicos do hospedeiro. O pH pode variar de 5 a 7, de acordo com o tipo de alimento ingerido, tempo de amostragem e freqüência de fornecimento de alimentos ao hospedeiro.
Segundo WILLIAMS (1986), os protozoários do rúmen são mais sensíveis que as bactérias e podem mesmo vir a desaparecer se o pH ultrapassar 7,8 ou