roubo do mensalão
- Em palavras mais simples, a população brasileira foi roubada nas tenebrosas transações que visavam manter o projeto de poder petista por meio de vultosas mesadas a parlamentares da base.
- Sem tergiversar, Joaquim Barbosa afirmou que dinheiro do Banco do Brasil abasteceu o esquema. Mas especificamente, do fundo Visanet, também suprido por fontes privadas. O BB é proprietário de 32,3% das ações desse fundo, que financia a publicidade do cartão Visa.
- Rigoroso, o relator ainda pediu condenação para mais um envolvido: o ex-diretor de marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato. O petista poderá ser sentenciado por peculato, crime cometido quando um funcionário desvia bens públicos para proveito próprio ou de alheios.
- Para relembrar: em 2005, a CPI dos bingos revelou que Pizzolato recebeu um pacote com R$ 326 mil em seu gabinete, sacados de uma agência do Banco Rural. O remetente oculto era o empresário Marcos Valério. O ex-dirigente do BB alegou ter sido surpreendido pelo conteúdo do embrulho que chegou misteriosamente em sua mesa. Sobrenatural? Nada disso. Sete anos depois, ao condená-lo, o ministro relator explicou que o dinheiro era fruto de corrupção.
- Mas Pizzolato não seria um qualquer, figura periférica nas operações. Joaquim Barbosa demonstrou que R$ 73,8 milhões do fundo Visanet foram repassados por Pizzolato a Marcos Valério e seus sócios sem que houvesse qualquer contrapartida em serviços de publicidade da agência DNA, comandada pelo empresário. A agência ainda teria recebido outros R$ 2,9 milhões de maneira irregular, o que aumentaria o rombo para R$ 76,7 milhões.
- Após isso tudo, Marcos Valério deu um jeito de o dinheiro furtado do BB chegar ao tesoureiro do PT, Delúbio Soares que, em seguida, os repassou aos parlamentares comprados.