Georg Simmel atitude blasé

Georg Simmel foi um pensador da modernidade, um observador e crítico do seu meio social, refletindo sobre a cultura moderna de forma histórica e crítica. Para ele a sociedade existe a partir de interações, da relação sujeito/objeto. Pensou e analisou fenômenos estruturantes da modernidade, como a economia monetária e a divisão do trabalho social. O termo "atitude blasé" foi registrado por Simmel pela primeira vez em um livro chamado "The Metropolis and Mental Life" (1903) em que faz uma comparação das relações sociais do campo x cidade.
Segundo essa análise comparativa, a relação social no campo é uma relação coletiva, porque o homem tem tempo para se relacionar mais intimamente com seus vizinhos, parentes e conhecidos, ou seja, com seu grupo social, já que o tempo no campo passa mais lentamente, porque tem menos “acontecimentos” num determinado período de tempo, o que permite um envolvimento pessoal com o seu meio, o que Simmel chama de relacionamento sentimental.
Ao contrário, na cidade o que prevalece é a relação individual, onde o valor está na quantidade e não na qualidade e dentro desta lógica somos um número, uma relação monetária, um valor controlável.
Segundo o autor, a metrópole altera os fundamentos sensoriais da vida psíquica, isto é, o homem metropolitano está exposto a uma quantidade muito maior de estímulos nervosos do que o homem do campo. Para Simmel, a oposição da cidade grande com o campo é a oposição entre o mais rápido e o mais lento, entre o habitual e o nunca habitual, devido a mudanças constantes de imagens, sons, entre outros. Desta forma, poderia haver uma espécie de “overdose” de estímulos nervosos, isto implicaria em uma desestabilização emocional. Sendo assim, orientava que os sujeitos adotem certa vida mental para que consigam continuar vivendo nesta sociedade.
Dentro deste contexto, o autor cita a atitude blasé, como fenômeno próprio da cidade grande. Essa atitude é consequência do homem, ser massacrado com um turbilhão de