rotura uterina
Quando sintomática, consiste na separação completa de todas as camadas uterinas com saída de parte ou de todo o feto da cavidade uterina. Por outro lado, pode ser uma separação oculta, afinamento ou deiscência relacionada a cicatrizes prévias.É considerada uma complicação obstétrica grave devido à alta morbimortalidade materno-fetal. Sua prevalência é 0,03 a 0,08% de todos os partos, porém de 0,3 a1,7% entre pacientes com cicatriz uterina (nível 2 de evidência Tal diferença se deve a inúmeros fatores, sendo os principais a qualidade de assistência ao parto e a incidência anterior de cesarianas.
Fatores predisponentes à ruptura uterina são cirurgia uterina prévia;
• anomalias congênitas uterinas;
• neoplasia trofoblástica gestacional;
• adenomiose;
• uso de misoprostol e ocitocina;
• anomalia fetal;
• multiparidade;
• hiperdistensão uterina;
• insistência de parto por via baixa, em casos de desproporção;
• uso inadequado do fórcipe;
• trabalho de parto após cesariana;
• acretismo placentário
Diagnóstico
Podem ocorrer sinais e sintomas inespecíficos, porém o quadro clínico clássico compreende a interrupção das contrações com sangramento vaginal, ausência de batimentos cardíacos fetais, mudança de posição fetal (não identificação da apresentação no canal de parto), sendo as partes fetais palpáveis no abdome materno,dor súbita, hipotensão e taquicardia materna. Há relato de dor suprapúbica entreas contrações uterinas com um primeiro sinal. Na síncope pós-parto, deve-se suspeitar de ruptura.
Sinais de iminência de ruptura para prevenção:
• Contrações excessivamente dolorosas
.• Taqui e hipersistolia.
• Palidez, sudorese, agitação.
• Distensão segmentar:
– Sinal de Bandl: anel fibromuscular transversal no segmento inferior.
.– Sinal de Frommel: ligamentos redondos retesados e hipercontraídos.
Conduta
Laparotomia imediata com sutura uterina. A demora na retirada do feto