Rotura uterina
Trata-se da rotura completa ou incompleta da parede uterina, que ocorre sobretudo além da 28a semana gestacional e durante o trabalho de parto, precedida, em sua maioria, por quadro clínico de iminência de rotura uterina, o que facilita suaprevenção. Por essa razão, a sua freqüência representa um indicador da qualidade da assistência obstétrica prestada nos serviços em que ocorre.
CAUSAS MAIS FREQÜENTES
1. Hipercontratilidade uterina (inclusive iatrogênica, por estimulação ocitócica ou com misoprostol) em pacientes com cirurgias uterinas anteriores (sobretudo cesariana corporal e miomectomias).
2. Cicatrizes de cesárea corporal anterior.
3. Insistência do parto por via baixa em casos de desproporção feto-pélvica não diagnosticada (parto obstruído somado ao não-uso de partograma).
4. Traumas externos.
5. Manobras de versão interna/externa feitas intempestivamente.
DIAGNÓSTICO
SINAIS DE IMINÊNCIA DE ROTURA UTERINA
1. Pacientes com contrações subentrantes intensas e excessivamente dolorosas.
2. Síndrome de distensão segmentar (Bandl-Frommel)
_ Sinal de Bandl (anel próximo ou contíguo à cicatriz umbilical que separa o corpo do segmento inferior do útero).
_ Sinal de Frommel (ligamentos redondos retesados e desviados para frente).
ROTURA UTERINA INSTALADA
1. Dor abrupta e lancinante no hipogástrio, seguida de acalmia dolorosa transitória.
2. Paralisação do trabalho de parto.
3. Hemorragia (interna e/ou externa) cuja intensidade dependerá da extensão da rotura e dos vasos atingidos.
4. Choque diretamente relacionado ao volume da hemorragia.
5. Sinais de irritação peritoneal.
6. Deformidades abdominais (útero vazio e feto fora da cavidade _ rotura completa), feto "superficial" e com ausculta em geral negativa.
CONDUTA
• tratamento é cirúrgico, variando desde a sutura uterina à histerectomia, podendo a paciente necessitar de suporte vital. Algumas roturas provocam grandes