Rosa Luxemburgo
Em diversos trabalhos, incluindo um ensaio escrito na cadeia e publicado postumamente por seu último companheiro, Paul Levi (publicação essa que precipitou a sua expulsão da Terceira Internacional) intitulado “A Revolução Russa”, Luxemburgo criticou duramente algumas políticas bolcheviques, como a supressão da Assembléia Constituinte em janeiro de 1918, o seu suporte para a partição das antigas propriedades feudais às comunas camponesas, e sua política de apoio ao direito suposto de todos os povos nacionais à auto-determinação. De acordo com Luxemburgo, os erros estratégicos dos bolcheviques criaram perigos tremendos para a Revolução, como a sua burocratização.
Sua crítica afiada da Revolução de Outubro e dos bolcheviques foi diminuindo a medida em que ela comparou os erros de ambos com o “fracasso completo do proletariado internacional.”
Teóricos bolcheviques, como Lênin e Trotsky, responderam a essas críticas, argumentando que as noções de Luxemburgo eram clássicas marxistas, mas não se encaixavam na Rússia de 1917. Eles afirmaram que as lições da experiência real, como o confronto com os partidos burgueses, os forçaram a revisar a estratégia marxista. Como parte dessa discussão, foi apontado que depois de Luxemburgo sair da cadeira, ela foi também forçada a confrontar a Assembléia Nacional na Alemanha - um passo que eles compararam com seu próprio conflito com a Assembléia Constituinte.
Nesta erupção da divisão social no próprio seio da sociedade burguesa, neste aprofundamento internacional e