Romantismo Alemão
O Romantismo Alemão é um movimento que nasce no final do século XVIII, na Alemanha, embora depois se dissemine por todo o Ocidente, renovando as raízes culturais desta esfera da civilização. Ele se contrapõe ao culto exacerbado da Razão, perpetrado pelo Iluminismo.
Este ideal racionalista rouba do mundo seu encantamento, o vínculo com o sobrenatural, e agora resta aos jovens românticos desbravarem o universo desconhecido do inconsciente. Eles acreditam profundamente no reencantamento da realidade, em uma imagem do Homem que não é só razão, mas sentimento, desejo místico, atração pela Natureza. Este ser tem em seu íntimo uma vida interior a ser revelada, que age sobre os românticos com um magnetismo sem par, atraindo-os para o seu núcleo com a voracidade típica do que é novo.
O movimento alemão foi criado pelos irmãos August e Friedrich Schlegel, por Novalis, jovem poeta, pelo autor de obras dramáticas Ludwig Tieck e pelos ícones da Filosofia Schelling e Schleiermacher, todos unidos em torno da revista “Atheanum”, em 1797. Esta escola logo se estendeu por toda a Alemanha, contagiando a poesia e a literatura com a presença de Goethe e Schiller, a música com os compositores Beethoven e Brahms, as Artes Plásticas com a Escola de Berlim e Frankfurt, e a filosofia.
Para os românticos, o mundo não é uma equação exata, sem margens de erro. A realidade é muito mais rica, oferecendo ao homem várias possibilidades que podem ser exploradas. Assim, múltiplos pontos de vista sobre o real podem coexistir, variando conforme a percepção de cada um. Neste sentido, o Romantismo foi revolucionário ao romper com as cadeias da educação tradicional, baseada somente no domínio da Razão, e o sujeito podia enfim elaborar sua própria interpretação do mundo exterior, o que apontava para os limites da visão racionalista.
Ao criticar o paradigma da Razão, os românticos exercitaram uma espécie de crítica de arte que foi posteriormente definida pelo filósofo Walter