Rivair Macedo Medieval
Macedo aponta que a visão que é repassada sobre a idade média dentro das salas de aula atualmente ainda é fruto da criação dos intelectuais iluministas, e que remonta a uma perspectiva ultrapassada do período, frisando aspectos políticos e econômicos e restringindo um período de mil anos de duração a conceitos isolados como servidão, feudalismo, doenças, fome, e imagem de um rei fraco, senhores feudais fortes, igreja absoluta e camponeses dominados. Sem contar com a visão construída da idade média como uma época de obscuridade e atraso intelectual, onde os aspectos mais interessantes seriam as situações e personagens fantásticos usados na criação de jogos e literatura ficcional. Sendo assim, apesar de no meio acadêmico ter havido no decorrer dos anos grandes avanços nos estudos da época, que desmontavam esses antigos conceitos da historiografia, esses avanços não eram acompanhados pelas escolas. Assim, o autor critica a visão teleológica sobre o medievo e propõe alternativas para suplantar as fraquezas desse tipo de ensino.
O autor começa por criticar o ensino focado na parte central (Inglaterra, França, Alemanha, Itália), mantendo a parte que é mais fundamental para a nossa cultura brasileira, a Península Ibérica, em uma zona periférica de ensino. Assim, o autor destaca a importância de uma aproximação de um conteúdo aparentemente distante da nossa realidade demonstrando que estes não estão tão distantes assim. Para ele, discutir a idade média a partir da formação dos povos ibéricos