Aspectos históricos da misoginia: mulheres, o negativo da humanidade nos séculos x à xiii
1 INTRODUÇÃO
Para o desenvolvimento deste trabalho foram utilizados conceitos de teóricos da Igreja como Santo Agostinho, e também de historiadores como José Rivair Macedo, medievalista brasileiro e o francês George Dubby.
A referida pesquisa tem em seu propósito imediato refletir sobre alguns aspectos sobre as relações sociais das mulheres medievais. Assim, mostrar as relações de imposição efetuadas por meio da Igreja nos parece útil. Pois está era o esteio da sociedade, instruindo como os indivíduos deveriam se portar, principalmente, as mulheres. Elas foram consideradas a perdição dos homens e deveriam ser vigiadas de perto. No entanto, mesmo sabendo que as mulheres na idade média haviam sido condicionadas a um comportamento de forte submissão e que quase não existiam leis que as protegesse, podemos afirmar que não foi a idade média que criou essa desigualdade dicotômica entre homem/mulher. Assim nesse contexto, segundo José Rivair Macedo não foram os medievos que inventaram as desigualdades entre os sexos, este hábito nos leva as sociedades organizadas e hierarquizadas, as Génesis das civilizações. (RIVAIR, 2002)
Sempre que pensamos em Idade Média nos reportamos aos filósofos franceses, que taxaram essa época de “Idade das Trevas”, e que nada de importante e substancial havia sido feito ou criado. Nesse âmbito encontramos as referidas ideias de filósofos como Denis Diderot (1713- 1784), nelas ele expressava suas idéias preconceituosas em relação a esse período, afirmava que a idade média seria um espaço de tempo vazio. Exemplo destes preconceitos acreditava que: “sem religião seríamos um pouco mais felizes”, pois este momento da história era dominado pelos dogmas e éticas do cristianismo. (Citado em: JÙNIOR, Hilário Franco 2001, p.10)
No entanto, o momento foi de sentimentos muito fortes para com as