Risco na tomada de decisões

Criado pelos professores Henry Markowitz e William Sharpe, ganhadores do Prêmio Nobel de Economia em 1990, o modelo de precificação CAPM (Capital Asset Pricing Model), apesar de inúmeras críticas, é o mais utilizado para projetar o custo do capital próprio. O CAPM é nada mais que o custo do capital próprio correspondente a uma taxa livre de risco adicionada a um prêmio pelo risco do investimento na empresa. Esse prêmio é diretamente proporcional ao rendimento do mercado de ações e a um fator chamado BETA (β). Este fator nada mais é que um multiplicador da taxa de retorno. Assim, um beta de 1 corresponde a uma empresa com volatilidade média face ao mercado. Quanto menor o beta, menor o risco da empresa e menor o retorno esperado dos investidores, isto é, o custo dos seus capitais próprios (compostos por ações) também será menor. Pelo contrário, se o beta é superior a 1, o risco da empresa é maior, pelo que os investidores exigirão um retorno também superior, passando o custo dos capitais próprios a ser também maior. A avaliação do risco é um dos aspectos mais importantes no processo de tomada de decisão. Paulo Sandroni (1989, p. 276) define risco como “condição própria de um investidor; ante as possibilidades de perder ou ganhar dinheiro. Risco-país é um indicador utilizado para orientar os investidores estrangeiros a respeito da situação financeira de um mercado emergente. Para encontrar este índice, os economistas levam em conta vários fatores, como o nível do déficit fiscal, o crescimento da economia, a relação entre arrecadação e a dívida de um país, as turbulências políticas, etc. Nos países emergentes, os investidores requerem um prêmio adicional para compensar o risco-país. Quanto maior o risco-país, maior é o retorno desejado pelos investidores. Mas se o risco-país for muito elevado, haverá uma fuga dos investidores para um outro investimento. Os reflexos de um alto risco em determinado país são muito sérios. Quanto maior o