Revolução inglesa de 1640 de christopher hills
Introdução A Guerra Civil de 1640 a 1660 na Inglaterra, segundo propõe o ensaio de Christopher Hill, foi um grande movimento social comparado à Revolução Francesa de 1789. Derrubou-se o poder de Estado que protegia a velha ordem feudal, passando o poder por uma nova classe, e tornando-se possível o desenvolvimento do Capitalismo. Tudo isso na Inglaterra dos nobres, dos Stuarts, enfrentados pelo Parlamento Puritamo, "neto" dos Tudor. Ao final dela, Carlos I foi condenado à morte. A burguesia sustentava a revolução, pois se beneficiava do Capitalismo, mas ao se opor a ela o governo real não estava do lado do povo, mas dos proprietários de terras, parasitas do Capitalismo, cujo desenvolvimento beneficiaria de alguma forma a população. Antes de 1640, salários reais dos trabalhadores da indústria e agricultura caíram por mais da metade; no século seguinte à revolução, os salários mais que duplicaram. Os que perderam o poder lamentavam pelo passado. Havia três visões sobre o momento: (a) Whigs (Partido Liberal): interesse da burguesia é o interesse do povo; (b) Tories: defendem o feudalismo ao defender que as revoluções nunca beneficiam mais do que uma clique restrita (versão antiga de que toda política é jogo sujo); (c) Terceira via: em evidência dos dois lados, de que o conflito visava decidir qual das duas religiões, Anglicanismo ou Puritanismo, deveria ser dominante na Inglaterra. Essa visão pretende levar-nos a lamentar e interpretar mal os homens do século XVII e congratularmo-nos por sermos muito mais sensíveis atualmente. A Igreja Medieval ganhara até o século XVII o papel de guia de todos os movimentos humanos, desde a educação das crianças até a informação dos adultos e sua orientação econômica. Disso se aproveitava o governo, que orientava as pregações a seu favor. A Igreja defendia a ordem vigente e era natural que o discurso religioso dominasse os conflitos sociais. Por detrás do pároco havia o nobre rural.
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