Uma revolução de muitos aspectos: visões sobre a Revolução Inglesa de 1640 segundo Christopher Hill.
1640 segundo Christopher Hill.
John Edward Christopher Hill (1912 – 2003) era um historiador marxista, nascido em York, norte da Inglaterra. Formado em história na prestigiada Universidade de Oxford, tornando-se professor de História Inglesa na mesma, e posteriormente de
História Moderna na University College em Cardiff. Hill foi contemporâneo de nomes como Thompson e Hobsbawm, integrando o grupo dos historiadores marxistas ingleses que fundaram a revista Past and Present. Tal como seus colegas, participou do Partido
Comunista da Grã-Bretanha durante algum tempo, acabando por abandoá-lo posteriormente. O trabalho de Hill tem foco no século XVII inglês e em suas marcantes revoluções. Seus trabalhos apresentam versões destas que destacam as características das idéias e ideologias por trás da revolução, como também a noção de uma história vista de baixo, história econômica e das mentalidades.
Seu livro “A Revolução Inglesa de 1640”, publicado em 1977, apresenta uma análise meticulosa dos eventos da revolução, inclusive aqueles que a antecederam.
Sendo um autor de orientação marxista, Hill apresentará na sua obra certo foco especial em aspectos de caráter econômico (aspecto este que, para Hill, é inseparável do fator
Cultura), de história social, das mentalidades, história vista de baixo; propondo certo aprofundamento ao leitor; e tal como todo marxista, seu trabalho não irá se centrar na história política. Ele trabalhará as visões que os homens terão acerca de assuntos como, por exemplo, a terra, a propriedade, e como estas irão evoluindo no curso do tempo, e qual a ligação que isto terá para a revolução que está por vir. Segundo o próprio Hill, o objetivo de seu trabalho era “to understand the place of the English Revolution in history, and to document the mental transformations which accompanied and facilitated the rise of capitalism”1. Reutilizando o exemplo da terra