Revolução Bolchevique
A Revolução Russa de 1917 foi um dos acontecimentos mais importantes da história do século XX. Ela foi o produto de um amplo processo histórico. A Revolução de 1915 foi a primeira grande mobilização operária quando nasceram os conselhos operários, que reapareceram em 1917.
Até aí a Rússia era um país de população camponesa, cerca de 70% da população total. E que ainda mantinha relações de produção pré-capitalistas na agricultura ao mesmo tempo em que passava por um processo acelerado de industrialização, concentrada em alguns grandes centros urbanos.
Começo:
A Rússia sofria sérios problemas ainda, sob uma monarquia absolutista, com uma burguesia incipiente. A entrada do país na guerra enfraqueceu ainda mais a economia e o exercito já em dificuldades. A situação piorou com a convocação militar obrigatória que paralisou a agricultura. Nos últimos meses de 1916 o país estava á beira do colapso total. O rigoroso racionamento e a derrota frente aos Impérios Centrais explodiram numa onda de greves e passeatas.
Em fevereiro de 1917, a crise russa chegou ao máximo quando esgotaram os estoques de alimentos e a população se revoltou. As greves gerais e passeatas pacíficas juntaram-se à revolta de guarnições militares, que se recusaram a obedecer a ordem de atirar contra os manifestantes.
Com a abdicação do czar, em 15 de março, formou-se um governo provisório, chefiado pelo príncipe Lvov, tendo Kerenski como ministro da guerra. O governo provisório instalou uma republica burguesa controlada pelo Partido Constitucional Democrata (Kadets) representante dos liberais moderados. Para atender ás reinvindicações populares e atrair os lideres dos sovietes, o governo prometia convocar uma Assembleia Constituinte. Em abril o líder bolchevique Lênin propunha uma República de sovietes, a nacionalização dos bancos e a saída imediata da guerra. Os mencheviques ao contrário, defendiam a permanência na guerra até a