Renascentismo

Renascimento

Desde o final da Idade Média, após a crise do sistema feudal, foi-se consolidando o regime monárquico, que se transformou em absoluto no final do século XV. Nesse período floresceu a doutrina do direito divino dos reis, segundo a qual estes tinham direito ao trono por vontade de Deus. Os reis da França se fortaleceram aliando-se à burguesia das cidades para se sobrepujar aos poderosos senhores feudais do país. A Guerra dos Cem Anos (1337-1453) pôs fim às pretensões dos ingleses sobre parte do território francês. O renascimento na França, que teve suas origens na invasão da Itália pelos franceses, foi estimulado pelo rei Francisco I, que centralizou os sistemas legislativo e fiscal. Durante essa etapa, a Espanha concluiu a secular empreitada da reconquista, iniciada nos Pireneus e que terminou com a queda de Granada (1492) nas mãos das forças de Fernando e Isabel, os chamados Reis Católicos. O reino da Espanha foi herdado por Carlos I da Áustria, também imperador da Alemanha e o soberano mais poderoso de seu tempo. Antes de morrer, ele dividiu suas possessões, entregando a Alemanha ao irmão Fernando e a Espanha do filho Filipe. Na Inglaterra, após a sangrenta Guerra das Duas Rosas, na qual as casas de York e Lancaster se empenharam entre 1455 e 1485 pela conquista do reino, o controle do país acabou finalmente com a dinastia dos Tudor, com Henrique VII. Seu herdeiro, Henrique VIII, rompeu com o papado e tornou-se chefe da Igreja Anglicana da Inglaterra. Durante o reinado de sua filha, Isabel II Tudor, registrou-se o Renascimento inglês, que afetou sobretudo a literatura, com figuras corno a de William Shakespeare, e a música. O primeiro Renascimento, no entanto, havia acontecido na Itália e teve suas raízes lançadas por artistas da ultima etapa da Idade Média, como Dante e Giotto. Ao longo dos séculos XV e XVI, o renascimento se manifestou como uma radical renovação da pintura, da escultura, da arquitetura, da música e da literatura. Outro dos