Revoluçao de bolchevique 1917
A Rússia sofria sérios problemas ainda, sob uma monarquia absolutista, com uma burguesia incipiente. A entrada do país na guerra enfraquecera mais ainda a economia e o exército, já em dificuldades. A situação agravou-se com a convocação militar obrigatória, que paralisou a agricultura. Nos últimos meses de 1916, o país estava à beira do colapso total. A crise alimentar, o rigoroso racionamento e ainda as derrotas frente aos Impérios Centrais explodiram numa onda de greves e passeatas.
A Revolução de Fevereiro de 1917
Em fevereiro de 1917, a crise russa chegou ao máximo, quando, esgotados os estoques de alimentos, a população se revoltou. A Duma apenas se limitava a criticar o governo, já que sua composição burguesa não tinha força política para articular o movimento que se agigantava. As greves gerais e passeatas pacíficas juntaram-se à revolta de guarnições militares, que se recusaram a obedecer à ordem de atirar contra os manifestantes.
No dia 27 de fevereiro, a multidão liderada pelos militares amotinados invadiu o Palácio de Inverno de Petrogrado e investiu contra a Duma, mas esta conseguiu se aliar aos revoltosos. Com a abdicação do czar, em 15 de março, formou-se um governo provisório, chefiado pelo Príncipe Lvov, tendo Kerenski como ministro da guerra. O governo provisório instalou uma república burguesa controlada pelo Partido Constitucional Democrata (Kadets), representante dos liberais moderados.
Para responder às reivindicações populares e atrair os líderes dos sovietes, o governo prometia convocar uma Assembléia Constituinte. Diante disso, em abril, o líder bolcheviqueLênin voltou à Rússia lançando as Teses de Abril. Nesse programa político, Lênin propunha a formação de uma República de sovietes, a nacionalização dos bancos e a saída imediata da guerra. Os mencheviques, ao contrário, defendiam a industrialização e a permanência na guerra até a vitória. Assim desentendendo-se com os sovietes, a burguesianão foi capaz de se manter no poder