revolta de felipe dos santos
A Revolta de Filipe dos Santosou Revolta de Vila Rica, que se registrou em 1720, na então Real Capitania das Minas de Ouro e dos Campos Gerais dos Cataguases, na Colônia do Brasil, pertencente a Portugal; considerada um movimento nativista pela historiografiabrasileira, e um dos precursores da chamada Inconfidência Mineira,[1] foi uma reação contra o aumento da exploração colonial.[2]
Ocorreu na Vila Rica de Nossa Senhora do Pilar do Ouro Preto, como era então denominada a atual cidade de Ouro Preto, no estado deMinas Gerais, tendo por um de seus líderes o idealista Filipe dos Santos Freire, que muitas vezes dá nome à revolta.[1]
Entre suas causas diretas estavam a criação das casas de fundição, proibindo a circulação de ouro em pó e o monopólio do comércio dos principais gêneros por reinóis (lusitanos), e que obteve do Governador, o Conde de Assumar, uma enérgica reação que culminou com a execução do principal líder, Filipe dos Santos.[2]
Vivera já a região das minas (atual estado de Minas Gerais) grandes agitações que demonstraram, como diz Pedro Calmon, um povo "aguerrido, vaidoso do seu poderio" nas montanhas, conscientes de que a lei apenas seria cumprida se houvesse a concordância de seus habitantes: foi assim que, no começo do século XVIII, ocorrera a Guerra dos Emboabas, contrapondo o emboaba Manuel Nunes Viana a D. Fernando de Mascarenhas e aos paulistas,[3] e que resultou na separação dacapitania de São Paulo e Minas de Ouro (Real Capitania das Minas de Ouro e dos Campos Gerais dos Cataguases) da Rio de Janeiro, em 1709.[1]
As leis, nos sertões, eram impostas por verdadeiros "régulos" (como registrou um governante, em1737), em que o governo era distante e não dispunha de força ao contrário dos habitantes - solidários organizados e armados.
Antecedentes
Contra aquele estado de coisas, nomeia D. João V governador a D. Pedro Miguel de Almeida Portugal e Vasconcelos, Conde de Assumar. Sua função incluía aplicar nas Minas