Revisão de literatura - distribuição do nervo trigemeo em animais
Análise comparativa da origem e distribuição do nervo trigêmeo em equinos, felinos e bovinos.
Introdução e justificativa:
A literatura apresenta trabalhos escassos sobre o nervo trigêmeo e as vias de acesso para procedimentos anestésicos em distintas espécies animais. Este fato suscitou a análise de questões não compreendidas em sua totalidade pela comunidade científica.
Para a avaliação e diagnóstico eficiente de algum distúrbio neurológico, a primeira questão a ser formulada é: qual a localização da lesão? Para responder a essa indagação, é essencial conhecer fundamentos de neuroanatomia clínica que provêem o profissional de informações sobre o funcionamento do sistema nervoso central e, conseqüentemente, auxiliam no a identificar as estruturas envolvidas no processo. Tais informações permitem que medidas diagnósticas e terapêuticas sejam adotadas com maior margem de segurança, pois as possibilidades de sobrevivência do paciente aumentam quando se possui conhecimento da neuroanatomia do sistema nervoso.
Os ramos do nervo trigêmeo quando lesados ou comprometidos por alguma doença produzem deficiências sensoriais em seus territórios e algumas vezes, manifestam se por irritação facial crônica; alguns ramos são freqüentemente bloqueados para pequenas cirurgias na cabeça. Lesões destrutivas do nervo mandibular produzem paralisia dos músculos levantadores da mandíbula; quando a lesão é unilateral, a atrofia resultante pode ser mais obvia que qualquer impotência motora. Uma paralisia bilateral idiopática temporária da musculatura trigêmea, caracterizada por queda da mandíbula, foi relatada em cães.
O nervo trigêmeo por ser o maior nervo craniano e por ser um dos mais acometidos por lesões e patologias de interesse veterinário será o foco principal dessa revisão. Por ser impossível apresentar uma descrição completa da origem e distribuição do nervo trigêmeo em todas as espécies, essa pesquisa só será realizada em eqüinos, felinos e