Resumão de vários autores
Em sua reflexão, Denys Cuche tenta destrinchar o significado do que seria a chamada "moda" das identidades. Para o autor, as crises culturais são sinônimas de crise de identidade que resultam, por exemplo, no enfraquecimento do modelo de Estado-Nação, da integração de cunho político e da globalização da prática econômica.
A sociedade multicultural nasce numa concepção de diferença ideológica, somente concebida a partir dos anos setenta, que faz nascer à individualização e a diversidade no ideário cultural do indivíduo, ou da sociedade. A noção de cultura é diferenciada da noção de identidade cultural. A cultura pode existir sem uma estrutura de identidade. Ou seja, ela depende, em maior parte, de um processo inconsciente. Já nascemos em determinada cultura. É-nos imposta por via natural. Já a identidade cultural nos vincula aos nossos anseios existenciais, onde a prática do conhecimento e da vida determina nossa estrutura identitária. A identidade cultural é um componente da identidade social, que se articula com a classe sexual do individuo, sua classe de idade, sua classe social. Enfim, seu sistema social.
Dessa forma então, segundo Cuche, entendemos que a identidade, antes de qualquer coisa, serve para que nos localizemos como individuo, e localizemos pessoas ou grupos simbólicos ao nosso padrão. Mas devemos apontar a afirmativa do autor, onde diz que a identidade social é inclusão e exclusão. Da mesma forma que ela atrai, ela segrega. Nessa concepção, a perspectiva que se tem, é que a identidade cultural se apresenta como uma modalidade categórica da distinção entre as práticas culturais, que se baseia nada mais, que nas diferenças culturais.
“Em uma abordagem culturalista (...) o individuo é levado a interiorizar os modelos culturais que lhe são impostos, até o ponto de se identificar com seu grupo de origem"( Denys Cuche). Na teoria primordialista, defende-se que a