Resumo
A dengue é uma infecção viral transmitida pelos Culicídeos do Gênero Aedes, tendo como principal vetor o mosquito fêmea Aedes aegypti, que é responsável por frequentes epidemias e circulação dos quatro sorotipos do vírus. Não existindo uma vacina que confira a imunidade permanente ao vírus causador da dengue a estratégia mais amplamente adotada para diminuir a incidência da doença, se dá através da eliminação das larvas do mosquito vetor, que é feito principalmente por meio do controle vetorial e uso de inseticidas químicos. Entretanto, o amplo uso desses inseticidas sintéticos para o controle do Aedes aegypti, levou a uma maior preocupação em relação à toxicidade e impacto ambiental que estes produtos causam. Além disso, a resistência a inseticidas tornou-se um problema crescente, pois, morrem os indivíduos suscetíveis, sobrevivendo os resistentes e aumentando a população dos mesmos. Diante disso, uma das alternativas viáveis para o controle do A. aegypti pode ser através de controle biológico por intermédio de óleos essenciais. Os óleos essenciais veem substituindo o uso de organofosforados em função das suas propriedades menos agressivas ao ambiente. Desta forma, o presente trabalho teve por objetivo avaliar o potencial larvicida do óleo essencial extraído da planta cipó-mil-homens (Aristolochia triangularis) e comparar a atividade larcicida do óleo essencial com um inseticida/larvicida químico. O óleo essencial de A. triangularis foi diluído em soluções aquosas de dimetil sulfóxido 2% (DMSO) nas concentrações de 20, 10, 8, 6, 4 e 2 mg/ ml. O inseticida químico foi diluído nas concentrações 10, 5, 1, 0,8 e 0,6 mg/ml. Posteriormente, 2ml das soluções contendo as diferentes concentrações dos óleos essenciais e do inseticida químico foram colocadas em copos de béquer (10ml) fechados onde foram adicionadas 10 larvas de A. aegypti. Para cada concentração de óleo essencial e de inseticida químico, foram realizadas cinco repetições. Os copos de béquer (larvas