Resumo
Gilkedson Teixeira Amaral
Buscamos, no presente trabalho, apontar os principais aspectos que norteiam a análise da conversação, com base nas explicações obtidas em sala de aula.
A conversação é a primeira das formas de linguagem a que estamos expostos e provavelmente a única da qual nunca abdicamos pela vida afora. Afinal, a conversação é o gênero básico da interação humana, o que comprova que a linguagem é de natureza essencialmente dialógica.
A AC procede com base em material empírico, reproduzindo conversações reais e considera detalhes não apenas verbais, mas entonacionais, paralinguísticos, e outros. Algumas informações adicionais, quando as houver, devem aparecer na transcrição, uma vez que seja constatada sua relevância.
Não existe a melhor transcrição, para que a transcrição seja boa é essencial que o analista saiba quais são os seus objetivos e não deixe de assinalar o que lhe convém. Devemos ressaltar que a mesma deve ser limpa e legível. O sistema sugerido é eminentemente ortográfico, seguindo a escrita-padrão, mas considerando a produção real. E é aqui que surgem os primeiros problemas. O pesquisador para ter um bom entendimento daquilo que está ouvindo, deve ouvir várias vezes a mesma reprodução para que a transcrição seja feita de forma correta. Os sinais mais freqüentes e úteis para uma transcrição são: as pausas, as dúvidas e suposições, os truncamentos, as falas simultâneas, e outros.
Na análise da organização elementar da conversação cinco características básicas constitutivas: a) interação entre pelo menos dois falantes; b) ocorrência de pelo menos uma troca de falantes; c) presença de uma sequência de ações coordenadas; d) execução numa identidade temporal; e) envolvimento numa “interação centrada”. Essas características nos permitem tomar a conversação como sendo uma interação verbal centrada, uma vez que a mesma, segundo Goffman, é condição