Resumo "o queijo e os vermes" - carlo ginzburg
O personagem é um moleiro (funcionário do moinho), e já havia sido administrador da Paróquia e magistrado de Montereale –cidade em que vivia-. Ao contrario da maioria dos pobres da época, era um homem que sabia ler e escrever e isto foi o que gerou toda a história de Menocchio com a Santa Inquisição, pois isto o levou a interpretar assuntos praticamente intocáveis e que segundo as visões da Igreja, eram temas que não poderiam ter outra interpretação, como: A criação do mundo, os livros ou evangelhos da Bíblia e até mesmo a virgindade de Maria e a crucificação de Cristo foram assuntos que ele estudou e contradisse através de suas teorias. Num período em que a Igreja dominava até mesmo a maneira de agir e o pensamento das pessoas, tais ideias eram tidas como hereges, e as pessoas o viam como parte da revolução protestantista de Lutero. Um destes pensamentos era de que o mundo havia surgido do “caos”, que não havia um ser divino e supremo que havia criado e que controlava tudo. Como citei antes, algumas outras teorias de Menocchio era a de que Maria não era virgem, pois ele acreditava que era completamente normal e aceitável que Jesus fosse filho de José, afinal todos os Padres e Papas haviam nascido filhos de homens comuns e eram pessoas iluminadas. Todos eram filhos de Deus, mas Jesus era o de maior notoriedade e destaque, o mais “grandioso”. Menocchio acreditava e pregava que Deus e Lúcifer eram frutos da mesma massa, que eles eram seres vindos do mesmo lugar, mas com ideias distintas. Continuando suas teorias, ele ainda pregava o fato de não existir a ressureição, pois se assim fosse, já não existiriam