Resumo - A Imaginação Sociológica, C. Wright Mills
O que é imaginação sociológica?
De forma enxuta, pode-se dizer que a imaginação sociológica funciona como uma forma do homem na sociedade compreender a experiência individual dele, as instituições sociais e a ligações entre as duas.
O autor destaca no texto que atualmente que o homem se sente muitas vezes encurralado pelas suas velhas maneiras de pensar e seus valores morais – por conta da rapidez sem precedentes com que as transformações acontecem nesse período da história – e isso causa um certo pânico. Como solução, ele sugere não só a informação, mas “uma qualidade de espírito que lhes ajude a usar a informação e a desenvolver a razão, a fim de perceber, com lucidez, o que está ocorrendo no mundo e o que pode estar acontecento dentro deles mesmos”. Destaca ainda que essa é uma qualidade importante ao jornalismo e que isso tem relação direta com a imaginação sociológica.
A imaginação sociológica permite que a história e a vida pessoal de um indivíduo sejam entendidas, de forma mais ampla, dentro da sociedade. Segundo Wright Mills, “é a capacidade de ir das mais impessoais e remotas transformações para as características mais intimas do ser humano – e ver as relações entre as duas”.
Dentro da imaginação sociológica, o autor faz duas distinções importantes: perturbações pessoais e questões públicas. As perturbações são problemas de caráter pessoal, individual, num espaço de relação pequeno. Tem ligação com os valores e com a possibilidade deles estarem ameaçados. Já as questões vão além desse ambiente pequeno e atingem a sociedade como um todo, em instituições e organizações, de forma ampla. Trata-se de um assunto público e não mais pessoal. São valores importantes para a sociedade como um todo que, ameaçados, poderiam causar uma crise. Mills citou como exemplo um homem desempregado e 15 milhões de desempregados numa sociedade de 50 milhões de empregados. O primeiro é uma perturbação, enquanto o segundo é uma