Resumo zagury, tânia. o professor refém rio de janeiro, record. 2006
É hora da Ciência – Educação
Como prólogo a autora evidencia a não democratização do saber no Brasil e aponta as oscilações nos conceitos avaliativos de desempenho dos alunos marcados por índices internacionais. Também destaca a interpretação textual como maior dificuldade e conclusões divergentes de especialistas sobre as razões que a desencadearam. A metodologia, desmotivação docente e discente, interferência da mídia e internet estão entre elas, por si e em conjunto.
Segundo a autora o problema é, com raras exceções, a falta de questionamento e investigação. Na maioria das vezes as impressões pessoais exaustivas e incontestes, dão margem a mitos, modas e manias, os quais se propagam prejudicando o desenvolvimento pedagógico do país. Para combater essa tendência ela propõe três pontos fundamentais.
O primeiro é a “continuidade nas experiências e projetos pedagógicos iniciados”, independentemente das mudanças políticas e de dirigentes, todos deverão ter periodicidade mínima para implementação, longa o suficiente para sua consecução e sem interrupções, só excepcionalmente. O segundo: “acompanhamentos e avaliações, sistemáticos e abrangentes de processo e de produto” permitiriam correções imediatas após detectar desvios, dificuldades, problemas e distorções. Medida esta que traria redução de perdas financeiras, desgaste emocional e ceticismo. O terceiro: “análise final de resultados”, visando estender, suspender ou prorrogar o projeto praticado, baseando-se em dados revelados no piloto.
Façamos da educação uma ciência, destaca a escritora, acima e além dos interesses pessoais, políticos e partidários. Conforme a mesma, este livro é o resultado de um estudo que propende contribuir com elementos concretos e análise crítica, construído a partir do olhar do professor sobre alguns dos problemas da escola brasileira contemporânea. Estes é que estão evidentemente mais aptos a apontar os “nós” do sistema porque trabalham diretamente com os alunos.