Resumo um toque de clássicos Durkheim
INTRODUÇÃO
Émile Durkheim, sociólogo francês e pesquisador metódico e criativo, foi um dos pensadores que mais contribuiu para a consolidação da Sociologia como ciência empírica e para sua instauração no meio acadêmico, tornando-se o primeiro professor universitário dessa disciplina. A Revolução Francesa e a Revolução Industrial e também autores como Saint-Simon, Comte e Kant, foram as referências de seu pensamento. A teoria sociológica durkheimiana baseia-se na crença de que a humanidade avança no sentido de seu gradual aperfeiçoamento, governada por uma força inexorável: a lei do progresso e que a vida coletiva não era apenas uma imagem ampliada da individual, mas um ser distinto, mais complexo, e irredutível às partes que o formam. Um dos alvos da crítica durkheimiana foi ao que chamou de individualismo utilitarista representado por Herbert Spencer, para quem a cooperação é o resultado espontâneo das ações que os indivíduos executam visando atender a seus interesses particulares. Durkheim via na ciência social uma expressão da consciência racional das sociedades modernas, mas não excluía o diálogo com a História, a Economia e a Psicologia.
A ESPECIFICIDADE DO OBJETO SOCIOLÓGICO
Durkheim define a sociologia como ciência “das instituições, da sua gênese e do seu funcionamento”, ou seja, de “toda crença, todo comportamento instituído pela coletividade”. E para tornar-se uma ciência autônoma precisava delimitar seu objeto próprio: os fatos sociais que algo dotado de vida própria, externo aos membros da sociedade e que exerce sobre seus corações e mentes uma autoridade que os leva a agir, a pensar e a sentir de determinadas maneiras. Para o autor, a sociedade, então, mais do que uma soma, é uma síntese e, por isso, não se encontra em cada um desses elementos, assim como os diferentes aspectos da vida não se acham decompostos nos átomos contidos na célula: a vida está no todo e não nas partes. Assim, um