Resumo Tecnologias da inteligência
Autor: Pierre Lévy
Introdução: face à técnica.
A inteligência depende da metamorfose incessante de dispositivos informacionais de todos os tipos. Não se pode mais conceber a pesquisa científica sem uma aparelhagem complexa. Emergiu no fim do século XX um “conhecimento por simulação”.
Tudo começou a mudar com a revolução industrial. Reapropriação mental das tecnologias intelectuais, é disso que se trata o livro.
Há um campo de novas tecnologias intelectuais. O livro trata de colocar em dia a possibilidade prática de uma tecnodemocracia.
Tema principal do livro: o papel das tecnologias da informação na constituição das culturas e inteligência dos grupos.
“A técnica participa ativamente da ordem cultural, simbólica, ontológica ou axiológica”.
Transcendental histórico: aquilo que estrutura a experiência dos membros de uma determinada coletividade.
A experiência pode ser estruturada pelo computador.
Neste livro, Lèvy restringe suas reflexões aos computadores. A tese defendida no livro refere-se a uma história mais fundamental que a das ideias: a história da própria inteligência. A história das tecnologias intelectuais condiciona a do pensamento.
I. A metáfora do hipertexto
1. Imagens do sentido
A transmissão de informações é, muitas vezes, apenas um pretexto para a confirmação recíproca do estado de uma relação. Ex.: Quando conversamos com um comerciante do nosso bairro sobre o tempo, confirmamos que mantemos boas relações.
Longe de ser apenas um auxiliar útil à compreensão das mensagens, o contexto é o próprio alvo dos atos de comunicação.
Em uma situação de comunicação, cada nova mensagem recoloca em jogo o contexto e seu sentido.
Os atores da comunicação produzem continuamente o universo de sentido que os une ou que os separa. Quando escutamos uma palavra, isto ativa uma rede de outras palavras, imagens, sons, odores, sensações, lembranças, afetos, etc na mente do indivíduo.
O contexto serve