Resumo sobre o produto cultural: Pânico na TV

Critica ao programa pânico – apelação em rede nacional.

O Pânico na TV começou em outubro de 2003, quando Emílio Surita resolveu levar para a TV um programa de rádio. Emílio é locutor da Jovem Pan, onde comanda o Pânico na rádio. O que chama atenção no Pânico na TV é sua fórmula de humor original, ou seja, um humor escrachado e sarcástico. Apesar de os programas de auditório serem os mais antigos e também os mais resistentes a novidades, o Pânico na TV tornou-se uma grande inovação, tudo porque é o contrário daquilo que estamos acostumados a ver.

Todos os programas dependem das celebridades para sobreviver, e com o Pânico não é diferente. Só que há um detalhe: aqui os artistas não são bajulados, muitos menos enaltecidos. O que rola é o escracho, total e incomparável. O programa que tem como ideal satirizar os outros programas e estar fora de qualquer padrão televisivo já existente, virou fenômeno. O Pânico é caracterizado como infoentretenimento, ou seja, apresenta a informação e promove o entretenimento, utilizando elementos grotescos: pessoas fora do padrão da normalidade, como anões, deficientes, personagens ficcionais; temas chocantes; sensacionalismo. Pitadas de bizarrices que “divertem” ou dramatizam a cena, o quadro, ou um programa inteiro. Esse estilo criativo e diferente do humor que o Pânico na TV apresenta, pode causar incômodo e transtorno à vida das pessoas, ultrapassando os limites e invadindo muitas vezes as normas constitucionais, o que faz com que o programa seja considerado antiético.

O bizarro, o chocante, o grotesco, percebe-se que esses elementos estão presentes no programa Pânico na TV. O grotesco é o que nos causa repulsa, risos ou estranhamento, porque transcende aos estereótipos da normalidade imposta pela sociedade e entre esses conceitos sobre ética e moral, o humor oferecido pelo Pânico na TV é considerado um humor antiético, ou seja, não é algo que pensa ser bom para a sociedade; que não tem nem parâmetros morais,