RESUMO DO TEXTO CRIAN AS ASSISTINDO A VIOL NCIA
Ao longo dos últimos anos a questão da violência vem ganhando amplo espaço em discussões quando se trata de relações das crianças com a mídia, ao ponto de outras questões de igual ou superior relevância serem esquecidas. Em casos de crimes cujos suspeitos são crianças, é comum políticos e outras pessoas atrelar a mídia como responsável por tais barbáries.
É mais fácil exima-se das responsabilidades apontando a mídia como culpada pelo aumento da violência, que lidar com outras questões como a pobreza, fácil acesso a armas (no caso dos Estado Unidos) e a maneira como tem sido conduzida a formação das crianças, subestimando certos valores que antes eram mais promovidos. Desta forma, até mesmo as censuras que possam ser feitas são enxergadas positivamente por se tratar de uma possível “proteção” às crianças.
Pânico midiático
Tanta discussão sobre a violência nas mídias acaba criando entre as pessoas um certo ‘pânico midiático’. Preocupações com os perigos da “superestimulação, da sensualidade e do sensacionalismo” sempre foram comuns. Fato é que quando o estado faz intervenções relativas a este quesito, elas são vistas com bons olhos, desde que o intuito seja proteger ‘nossas crianças’.
Existem construções de infância contraditórias. De um lado, as crianças inocentes que precisam de proteção. De outro, aquelas portadoras do pecado original, que possuem características ruins e ocultas que estão ‘adormecidas’, esperando que as influências midiáticas as acordem. Contudo não podemos fechar os olhos à realidade das mídias e acreditar que os pais de família estão em pânico sem motivos. Fato é que o acesso a violência está cada dia mais fácil, principalmente com a popularização do acesso as novas tecnologias como a internet. Tecnologia esta que foge ao controle do estado, deixando sobre os pais a tarefa de controlar os conteúdos aos quais filhos terão acesso, o que muitas vezes não ocorre por falta de conhecimento ou de responsabilidade.