A primeira impressão dos portugueses ao descobrirem o território que seria o Brasil, e se depararem com a beleza da terra e os seus habitantes nativos, que pareciam um povo inocente e puro, que devia ser catequizado. Mas antes de olharem apenas esse aspecto, tentaram descobrir se haviam metais preciosos no território, mas não encontraram. Viram também que os nativos não tinham conhecimentos comuns ao da cultura europeia, diferentemente dos africanos e dos asiáticos. Um paraíso na terra, foi a visão levada para Portugal sobre o novo território colonizado, o seu potencial agrícola, “...querendo-a aproveitar dar-se-á nela tudo...” (pag.117). Mesmo não se encontrando na chegada gêneros do interesse mercantilista, Pero Vaz já via outro caminho para a exploração desse território, que seria um escoadouro dos famintos, pobres e desprezados que estavam em Portugal. Para isso, foi reforçada a visão que tinha sido passada sobre o novo território. Que o novo território era o paraíso na terra, foi dito que era a terra antes do pecado de Adão, falava-se das índias nuas que viviam aqui. Essa visão também tinha um caráter de ascensão social rápida e sem esforços, onde quem viesse seria recebido e livre do trabalho, para os pobres era a solução, pois poderiam ter uma vida melhor em um paraíso utópico. Era a opção perfeita para a a crise que se vivia na Europa, pois para se viver de forma honrada era necessário apenas dois escravos no máximo, uma vida de fidalgo, livre de regras e de trabalho. Isso fez com que esse território virasse alvo de desajustados excluídos, pois não havia poder religioso, nem governo, ne leis, podendo assim se viver de forma simples. A visão edênica e romantizada sobre esse território durou pouco, pois os pobres que vieram buscando a condição de vida de um nobre, logo foram incumbidos pela falsa colonização que tentou se instalar através de feitorias, impondo aos habitantes da nova terra um sistema de trocas que evidenciaria a verdadeira natureza do