Resumo 1 Cap Tulo Os Donos Do Poder Faoro Raymundo
1678 palavras
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A obra de Raymundo Faoro aborda a formação de Portugal ocorrida sob o império da guerra, a partir das lutas contra o domínio Romano. O reino era dilacerado em pequenos reinos, mas foi unificado em um só, e mesmo as batalhas contra o serraceno e o espanhol, a existência do reino foi garantida. Surgiu então um rei de todo o território conquistado, e de acordo com um documento de 1908, ao rei cabe reinar (Regnare) e os antigos senhores feudais apenas assenhoram a terra, mas sem governá-la. O rei dispunha do poder e das terras e naquele tempo, as riquezas eram derivadas do solo, porém estas riquezas não eram as únicas. Com a reconquista, a coroa conseguiu formar um imenso patrimônio rural, porém havia uma grande dificuldade de discernir o que era bem particular do príncipe e o que era um bem público. A conquista de uma terra era incorporada ao domínio do rei, ao reinado ou a um particular, caso houvesse legítimos títulos prévios. Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal, e Dom Dinis são exemplos de reis que alegavam serem os donos das terras conquistadas, fator que comprova a dificuldade em distinguir o que era do rei e o que eram bens públicos. A obra de restauração, completa no século XIII, respeitou a propriedade individual, e os moçárabes, antigos cristãos arabizados, os descendentes dos colonos africanos e asiáticos, os sucessores dos súditos e vassalos dos reis Oviedo e Leão tiveram seus bens reconhecidos. Porém, ao rei sobravam largas terras para se apropriar, como as terras dos mouros, as terras sem dono, as terras fiscais dos serracenos, as terras dos vilões que morriam sem herdeiros, entre outras. Com isso, o patrimônio do rei passa a ser maior do que o da nobreza e que o do clero, e com todo esse patrimônio, o rei destinava parte a sustentar os guerreiros delegados monárquicos e, inclusive, doava parte delas como recompensa aos serviços prestados pelos seus caudilhos, recrutados e aos que se aventuravam pela Europa. Faoro frisa que o rei é o senhor