JOAQUIM TENREIRO

JOAQUIM TENREIRO
(1906 – Melo, Portugal – 1992 – Itapira, Brasil)

Joaquim Tenreiro é considerado o pai do móvel moderno brasileiro.
Filho e neto de marceneiros, Tenreiro esteve em contato com a oficina, ferramentas e madeiras desde os 09 anos quando começou ajudar seu pai em pequenos trabalhos, por isso tinha muita familiaridade e facilidade com madeiras. Material usado e dominado brilhantemente pelo artista. Além de designer de móveis e marceneiro, era pintor e escultor.
Segundo Adélia Borges, desde o começo de sua produção, Tenreiro criticou o provincianismo de uma sociedade colonizada que só via valor no que vinha de fora e negava a própria época. Criticava o que ele mesmo chamava de móveis “Luizes de todos os números e renascimentos tardos de 400 anos”.
Por isso, foi responsável por uma mudança drástica na produção moveleira brasileira: a partir de Tenreiro, uma nova linguagem do móvel brasileiro surgiu; o móvel passou a ter autenticidade e personalidade através de sua forma, precisão, detalhe e acabamentos unidos a materiais tipicamente brasileiros. “Para ele, o móvel moderno deveria estar baseado na honestidade de propósitos, na eliminação do supérfluo, no ajuste de função e na limpeza plástica; e deveria ser formalmente leve” (BORGES, 2009. Pag 09). Segundo Tenreiro, “uma leveza que nada tem a ver com o peso em si, mas com a graciosidade, a funcionalidade dentro de seus espaços.”
Quanto aos materiais, soube escolher e adaptá-los ao calor tropical brasileiro, preferiu trabalhar a palhinha ao invés dos veludos europeus e como ninguém, usou as madeiras brasileiras.
Outra peculiaridade de Tenreiro, é que os espaços e as sombras faziam parte de suas composições tanto quanto os materiais usados. E, isso fica bem nítido em algumas cadeiras e painéis.
BREVE BIOGRAFIA
De origem lusa, mudou-se para o Brasil na década de 1920.
Em 1929, já no Rio de Janeiro, matriculou-se num curso de desenho do Liceu Literário Português e a partir de 1931, passou a integrar o