Resumo Pinacoteca
O edifício do Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, que mais tarde se tornaria a Pinacoteca, foi construído no ano de 1873, graças aos esforços de Leôncio de Carvalho. Inicialmente as aulas ministradas eram gratuitas e gradualmente foi-se aumentando a oferta de cursos. Após a chegada da República, o apoio oficial era insuficiente e em 1894 o Liceu sobrevivia com parcos recursos particulares. Em 1895 Ramos de Azevedo assume a direção. Com sua grande influência e contatos, consegue captar investidores e recursos e propõe uma reformulação da grade curricular.
Em parceria com o arquiteto Dimiziano Rossi, projetam o novo prédio e no decorrer de alguns anos, ampliam as instalações, com a criação do Ginásio do Estado e a Pinacoteca. Porém, o grande equívoco de Ramos de Azevedo foi não adequar as novas instalações as necessidades do programa existente. Assim, as oficinas foram relegadas ao porão que não ofereciam condições técnicas, de espaço e higiene para seu desenvolvimento adequado. Em 1906 foram doados terrenos municipais e as oficinas foram transferidas para esses locais. Com isso, a nova sede ficou em segundo plano e deixou de ser usada.
Somente no governo de Mario Covas, Paulo Mendes da Rocha foi contratado para reformar a Pinacoteca, iniciar uma restauração, nesse caso, não no sentido de recuperar a construção original, mas de adequá-la ás necessidades de um grande museu.
Foram feitas intervenções para uma infraestrutura de acordo com o uso do local, como elevador, climatização, adequação da rede elétrica e ampliação de depósito para acervo.
O diagnóstico técnico levantado na época constatou os seguintes problemas: umidade, acesso ao edifício e as salas de exposição não eram distribuídas adequadamente, se organizavam a partir de vazios internos. Com a reforma, foram utilizadas claraboias planas de perfil de aço e vidro laminado para cobrir esses vazios e evitar a chuva, além de manter ventilação e iluminação natural para o