resumo - memoria
“A memória, como propriedade de conservar certas informações, remete-nos em primeiro lugar a um conjunto de funções psíquicas, graças às quais o homem pode atualizar impressões ou informações passadas, ou que ele representa como passadas” p. 423.
“Tornarem-se senhores da memória e do esquecimento é uma das grandes preocupações das classes, dos grupos, dos indivíduos que dominaram e dominam as sociedades históricas. Os esquecimentos e os silêncios da história são reveladores desses mecanismos de manipulação da memória coletiva” p. 426.
- Sociedade de memória essencialmente oral é diferente da essencialmente escrita.
“Preferir-se-á reservar a designação de memória coletiva para os povos sem escrita...” p. 427.
“O aparecimento da escrita está ligado a uma profunda transformação da memória coletiva... A escrita permite à memória coletiva um duplo progresso, o desenvolvimento de duas formas de memória. A primeira é comemoração, a celebração através de um monumento comemorativo de um acontecimento memorável... No Oriente antigo, por exemplo, as inscrições comemorativas deram lugar à multiplicação de monumentos como as estelas e obeliscos” p. 431.
“A outra forma de memória ligada à escrita é o documento escrito num suporte especialmente destinado à escrita...” p. 432.
“Mas importa salientar que todo documento tem em si um caráter de monumento e não existe memória coletiva bruta” p. 432-433.
“A passagem da memória oral à memória escrita é certamente difícil de compreender” p. 437.
- Para os gregos da época arcaica, a memória era uma deusa, mãe de nove musas. Sua função era lembrar aos homens os grandes heróis e seus feitos. Ela preside na poesia lírica.
“A imprensa revoluciona, embora lentamente, a memória ocidental” p. 257.
“Enquanto que os vivos podem dispor de uma memória técnica, científica e intelectual cada vez mais rica, a memória parece afastar-se dos mortos... a comemoração dos mortos entra em declínio” p. 461.
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