Resumo A MEMORIA EVANESCENTE
O que são os documentos? Os documentos falam por si mesmos? Qual o trabalho do historiador? Imparcialidade existe? Um documento falso deve ser descartado?
Estas são algumas das questões apresentadas por Leandro Karnal e Flávia Tatsh. De maneira fácil e objetiva os dois historiadores fazem uma introdução na percepção da relação entre historiadores e documentos.
Boa Leitura!
Fichamento: A Memória Evanescente.
(P.09) O documento é a base para o julgamento histórico. Destruídos todos os documentos sobre um determinado período nada poderia ser dito por um historiador. Uma civilização da qual não tivéssemos nenhum vestígio arqueológico, nenhum texto e nenhuma referência por meio de outros povos, seria uma civilização inexistente para o profissional de História?
(P.10) Se o documento é tão importante, então: o que é um documento histórico? Iniciando da ideia mais difundida, o documento histórico é uma folha – ou várias – escrita por alguém importante. Ex: a carta de Pero Vaz de Caminha.
Carta de Pero Vaz de Caminha.
Essa visão omite a história do documento, ou seja, como determinado grupo e determinada época consideravam que aquela folha estivesse na categoria de um verdadeiro “documento histórico”. Ex. a carta de Pero Vaz de Caminha, nada mais era que uma simples carta perdida por durante duzentos anos na Torre do Tombo, até ser resgatada em 1773 e publicada em 1817. E aos poucos, no contexto da valorização nacional foram publicadas e republicadas durante todo os século XIX e XX.
(P.12) Ou seja, o crescimento da importância da carta de Caminha se deve ao crescimento do Brasil, do surgimento do nacionalismo, etc.
Em suma, o documento não é um documento em si, mas um diálogo claro entre o presente e o documento. Resgatar o passado e transformá-lo pela simples evocação. Todo documento histórico é uma construção permanente.
O documento também pode varar de acordo com os agentes que o leem. Ex. um funcionário da cultura do Estado Novo poderia ver em Caminha a