resumo livro historia da infância em Goiás
Segundo Valdez, “as crianças que nasciam fora do casamento, em Goiás eram conhecidas pela Igreja Católica como filhos do pecado ou filhos naturais”. Os filhos das relações ilícitas (filhos de padres, prostitutas, adúlteros, etc.) e das concubinas (mulheres que não se casavam na igreja) eram considerados “ilegítimos” tanto nas leis da Igreja Católica como para a legislação portuguesa vigente no Brasil nos séculos XVIII e XIV. Apesar de serem considerados “bastardos”, o direito de batismo se estendia a todos. Meninos e meninas ilegítimos se misturavam com os legítimos e viviam soltos sem qualquer condenação. Valdez relata que “o concubinato era comum, pois a maioria dos povos que se dirigiam para Goiás era imigrantes solteiros ou casados que vinham em busca de minas para melhorar sua condição financeira”. A forma goiana de viver era criticada, porém, a proporção dos filhos “naturais” era maior que dos legítimos. Até os 7 ou 8 anos de idade, a Igreja Católica dizia que eram anjos, após essa idade, seria necessário converte-las , pois chegavam a fase da rebeldia e dos protestos. As crianças escravas até essa idade podiam se misturar com os filhos dos senhores. Já os indígenas tinham uma relação harmoniosa com os seus curumins (crianças). As crianças, apesar de haver diferenças, viviam provavelmente indiferentes aos preconceitos dos adultos.
FRUTOS DATERRA GOIANA: O ABANDONO DE CRIANÇAS
A autora relata que naquela época como em outras, era regulamentado o abandono de crianças, o que preocupava tanto a Igreja, como os reis e a sociedade. Além de inúmeras crianças abandonadas, existia também o infanticídio (assassínio dos recém-nascidos). Diante disso, no século XVIII, na Europa iniciou-se uma fase voltada para a caridade, e os hospitais passaram a