infancia em goias
INTRODUÇÃO
Na introdução do livro além de fazer uma apresentação da obra a autora expõe o fato de que crianças não são comumente citadas em documentos históricas e atribui isso à uma desvalorização da infância nos tempos antigo. A etimologia da palavra, por si só, explicaria esse fato, criança significa desprovido de fala o que justificaria tal ausência.
O livro, em si, trata-se de uma releitura de uma pesquisa defendida na Universidade Federal de Goiás. O objetivo da obra é estender o conhecimento da pesquisa à toda comunidade em uma linguagem compressível e de fácil acesso.
O papel da criança ao longo da história também é apresentado, Diane Valdez conta como as crianças eram vistas pelas demais pessoas no Brasil e em Goiás. Até os 6 ou 7 anos eram idealizadas como “anjinhos” (visão oriunda da igreja católica), após isso e até os 10 anos eram praticamente excluídas do convívio social e dos 10 em diante já eram consideradas adultas e com isso vinha a responsabilidade de trabalhar.
Filhos do pecado, filhos legítimos, moleques e curumins: os filhos das famílias goianas
Neste capítulo a autora explica como se dava a organização social e familiar nos séculos XIX e XX em Goiás com foco na infância.
Crianças que nasciam fora do casamento ou que eram concebidas em desacordo com as leis portuguesas vigentes na época ou com as leis religiosas ou sofriam uma certa discriminação diante da Igreja ou das lei, estas crianças eram conhecidos como “filhos do pecado” pela igreja e considerados “ilegítimos”. Era muito comum, na época, gerar crianças nessa situação. Valdez explica que naquele tempo as mulheres (crianças nesse caso) costumavam se casar muito jovens. Meninas por volta de seus 12, 13 ou 14 anos já estavam casadas. Ela explica que quando a moça completava 15 anos seus pais ficavam preocupados e alguns faziam promessas à Santo Antônio (santo que, de acordo com a crença católica, intercede