Resumo geir campos
Há quem diga que tudo se traduz, expressando em outra língua tudo o que se pode expressar na primeira. Há quem diga que nada se traduz e que tantas outras cosias não pode ser ditas, sequer, na língua original. Cabe, no entanto, a ponderação de que há textos mais e textos menos traduzíveis.
O que se vê primeiro é que a traduzibilidade de qualquer texto depende da semelhança entre a língua-fonte e a língua-meta, e em segundo lugar, a traduzibilidade depende do grau de inteligibilidade – é impossível traduzir-se o que não se consegue entender bem, no entanto, ainda que muito bem entendido, em alguns casos a tradução de um texto fica na dependência de fatores que fogem à competência e ao desempenho linguístico do tradutor.
John Cunnios Carrford, ensaísta inglês, diz que a intraduzibilidade pode ser linguística ou não linguística. A primeira acontece toda vez que se trata de uma ambiguidade peculiar à língua-fonte e que no texto assume uma importância principal. De outras vezes a intraduzibilidade resulta de não existirem situações idênticas na cultura de uma língua e na outra.
QUALIDADE DE UMA TRADUÇÃO:
Uma tradução, par ser considerada boa, depende de uma série de fatores, objetivos uns e subjetivos outros. Para traduzir bem qualquer texto, o tradutor deve sentir-se atraído ou motivado, no entanto, é sabido que nem a mais perfeita das traduções poderá se igualar a qualidade do texto original.
Para o tradutor norte-americano, Eugene Nilda, o julgamento de uma tradução depende do objetivo a que ela se destina. Uma peça clássica de Shakspeare escrita em versos pode ser traduzida de acordo com o original, mantendo-se os versos e a riqueza da linguagem rebuscada se a isto ela se destinar, no entanto, há traduções dessas mesmas peças feitas em prosa e com linguagem simples, em que o tradutor retirou todo vestígio da fala complicada dos personagens. Não se pode classificar uma ou outra tradução de ruim, uma vez que cada uma