Resumo: escola nova - autora: cynthia greive veiga
Desde a última década do século XIX, os movimentos de renovação da pedagogia e da prática escolar estiveram sintonizados com as novas dinâmicas da sociedade como o desenvolvimento das ciências e de novas tecnologias, a extensão do modo de vida urbano, o trabalho industrial, as novas profissões, a consolidação do capitalismo, a heterogeneidade social. Estenderam também a participação política e o anseio por democracia.
A percepção de que a escola é o espaço privilegiado para instruir e educar os futuros cidadãos e membros da sociedade foi uma importante mudança. A escolarização obrigatória e generalizada passa a representar um aspecto decisivo tanto para o progresso individual quanto para o progresso social. O crescimento de alunos, da procura de instituições de ensino e de estudos científicos sobre a infância levou a criação de uma nova escola.
As novas pedagogias (fundamentadas por Rousseau, Pestalozzi e Fröbel) foram enfatizadas e sua concretização. As expressões como "pedagogia científica" e "pedagogia experimental" passaram a ser utilizadas para exprimir e dar visibilidade às inovações: estimular o interesse das crianças, proporcionar aprendizado de acordo com suas potencialidades e realizar sua integração social.
Para Franco Cambi, é possível sintetizar o novo movimento pedagógico em sete temas básicos: puericentrismo (didática centrada na criança); ênfase na aprendizagem pela atividade; motivação; socialização; antiautoritarismo (crítica a imposições) e anti-intelectualismo.
A expressão "escola nova", ao que tudo indica, foi utilizada pela primeira vez por Cecil Reddie (1858-1832), que, em 1889, fundou um estabelecimento de ensino chamado The New School, na Inglaterra.
No mesmo ano Adolfo Ferrière (1879-1960) criou o Bureau International des École Nouvelles, na Genebra. A denominação "escola ativa" é de 1917 e foi primeiramente utilizada por Pierre Bovet (1878-1965). Outros nomes foram "escola progressista" e "escola