Resumo emile durkheim- introdução ao estudo das ciencias sociais
A concepção da época é de que “a vida coletiva não era apenas uma imagem ampliada da individual, mas um ser distinto, mais complexo, e irredutível às partes que o formam” (QUINTANEIRO, 2003), e Durkheim, embora muitas vezes se manifeste quando ao corpo intelectual da época, também parte desse pressuposto.
Durkheim, citado por Quintaneiro(2003), delimita o objeto de estudo da nova ciência como “toda maneira de agir fixa ou não, suscetível de exercer sobre o indivíduo uma coerção exterior; ou então ainda, que é geral na extensão de uma sociedade dada, apresentando uma existência própria, independente das manifestações individuais que possa ter”. Ou seja, a consciência coletiva é algo além da soma das consciências individuais, um objeto que possui existência própria e deve ser estudado a partir de um método específico.
Os fatos sociais podem ser fluidos, como exemplo, maneiras de agir; e cristalizados, como exemplo, o estabelecimento, por tradição, de papeis do homem e da mulher num relacionamento.
Para elucidar questões a cerca da real existência dos fatos sociais, Durkheim lança mão do exemplo da educação, onde, diz ele, somos obrigados a introjetar formas de ser, agir e pensar, de forma coercitiva. Com o tempo a criança se habitua à coerção, deixa de percebê-la. Representação coletiva é o modo, “como a sociedade vê a si mesma e ao mundo que a rodeia”(QUINTANEIRO, 2003).
A principal característica do método de estudo da sociologia é que o pesquisador deve se desfazer das suas prénoções, ou seja, analisar o fenômeno em si, o sistema possuidor de sentido em si.
Ao mesmo tempo em que as leis morais, por serem fatos sociais, exercem coerção sobre os indivíduos, elas se mostram cativantes, dando