Resumo do capítulo. Os tradutores e a transmissão de valores culturais
Inicialmente, este capíulo retrata o percurso realizado pelos tradutores na investigação de culturas estrangeiras. Além disso, convida o leitor a fazer uma viagem através do tempo, passando pela Espanha do século XII, Inglaterra dos séculos XVI e XVIII, pela França do século XIX, até a China do século XX, explorando lugares e épocas ainda não mapeados pela história da tradução.
Segundo o livro, "ao falar em "valores culturais" podemos nos referir tanto à cultura elevada, que gera conhecimento, como à cultura popular, que transmite sonhos". Em outras palavras, este termo abrange todas as diferentes formas de cultura, ressaltando a importância e significação das mesmas.
Entretanto, alguns destes valores são dominantes, consagrados pela sociedade; outros são dominados e muitas vezes visto como discrepantes e marginais. Mas todos são afetados pelas relações de poder. Na busca por esses valores, tudo o que é matéria de informação, os tradutores colocam em circulação. É uma tarefa que vai muito além de simplismente transpor da cultura fonte para a cultura meta.
Além disso, os tradutores são grandes mediadores do processo de intercambio cultural, fazendo com que as diversas culturas existentes se cruzem e se completem, ajudando a desenvolver uma nova consciência e maneira de pensar e "transformando a sensibilidade das pessoas." Desse modo, também têm a tendência de buscar valores que possam trazer beneficios à sua cidade, já que a maioria dos tradutores vivem em grandes cidades e centros culturais.
No começo, as tradutores se deslocavam das periferias para os centros urbanos de maior importância, como aconteceu na Espanha do século XII, mas também ocorreram traduções no sentido inverso, dos centros urbanos para a periferia, o lugar de onde proviam os tradutores. As primeiras traduções eram cartas que os tradutores destinavam às suas casas.
Durante o século XII, a busca dos tradutores se concentrava em textos