Resumo do Capitulo 6
Se o nacionalismo era uma força histórica reconhecida por governos, “democracia”, ou a crescente participação do homem comum nas questões do estado, era outra. Apesar dos movimentos nacionalistas terem se tornado movimento de massa, uma grande parte do povo comum, como os camponeses, ainda não havia sido atingida pelo nacionalismo.
Mobilidade social e progresso educacional, ambos essenciais à sociedade burguesa, obscureciam a divisão entre as camadas médias e as camadas inferiores. Além disso, e de forma mais decisiva, as revoluções de 1848 tinham mostrado como as massas podiam irromper no círculo fechado dos dirigentes da sociedade, e o progresso da sociedade industrial fez com que sua pressão fosse constantemente maior e mesmo em períodos não-revolucionários.
Em 1850, deu a muitos dirigentes um espaço para respirar. Por mais de uma década eles não tiveram seriamente que se preocupar com tais problemas na Europa. Entretanto, na França, onde três revoluções já haviam começado, a exclusão das massas da política parecia uma tarefa utópica: elas deveriam então ser “dirigidas”. O chamado Segundo Império de Luís Napoleão (Napoleão III) tornou-se uma espécie de laboratório de um tipo de política mais moderno, embora as peculiaridades de seu caráter tenham, algumas vezes, obscurecidas suas formas de controle político.
Ele era o primeiro dirigente de um grande país, com a exceção dos Estados Unidos, a chegar ao poder através de sufrágio (masculino) universal. Ele continuou a operar desta forma, primeiro como um César plebiscitário mais ou menos como o general de Gaulle (a assembleia representativa eleita sendo bem mais insignificante), e depois de 1860 com a parafernália usual do parlamentarismo.
Na prática, apoiou-se no elemento conservador e especialmente no campesinato. Para estes, ele era um Napoleão, um governo estável e antirrevolucionário, seguro contra as ameaças à propriedade. Napoleão era o poder executivo. Muitos políticos