Resumo do artigo QUALIDADE DE VIDA E SAÚDE: UM DEBATE NECESSÁRIO – MINAYO, MARIA CECÍLIA (CIÊNCIA & SAÚDE COLETIVA, 5 (1) : 7 – 18 ,2000)
CECÍLIA (CIÊNCIA & SAÚDE COLETIVA, 5 (1) : 7 – 18 ,2000)
Introdução:
Utilizada como um senso-comum, a frase: “Saúde não é doença, saúde é qualidade de vida”, não abrange todos os significados e reflexões da relação entre a saúde e a qualidade de vida. No decorrer deste artigo, esta relação é aprofundada, proporcionando conhecimento e conscientizando sobre a importância de tal tema na saúde coletiva.
Pesquisando em diversos congressos da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO), reparou-se que o termo “qualidade de vida” foi utilizado para diversos sentidos e significados, porém, nunca foi catalogado, conceituado ou definido no seu sentido mais elementar. Segundo Rufino Netto (1994): “Qualidade de vida boa ou excelente aquela que ofereça um mínimo de condições para que os indivíduos nela inseridos possam desenvolver o máximo de suas potencialidades, sejam estas: viver, sentir, ou amar, trabalhar, produzindo bens e serviços, fazendo ciências ou artes. Falta o esforço de fazer da noção um conceito de torná-lo operativo.”
Já na área médica, qualidade de vida é utilizada como oposto de doença em curso, sendo considerada como uma melhora na condição de vida dos enfermos. Os dados bioestatísticos,
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psicométricos e econômicos são utilizados como indicadores da qualidade de vida, ignorando assim, o contexto cultural, social, os percursos e a história de vida do indivíduo.
Qualidade de vida: uma noção polissêmica.
Variando de acordo com a época, espaço e momento histórico, o termo “Qualidade de Vida”, atualmente, é considerado como satisfação na vida familiar, amorosa e ambiental, atando todos os elementos determinados pela sociedade como conforto e bem-estar.
Com muitos sentidos no senso-comum, o termo qualidade de vida é mais bem definido como a distância entre as expectativas individuais e a realidade, sempre visando reduzir esta distância.
Remetendo ao