Resumo de Artigo: CRENÇAS POPULARES REFERENTES À SAÚDE: APROPRIAÇÃO DE SABERES SÓCIO-CULTURAIS O atual modelo da medicina forma profissionais que se concentram apenas no corpo humano e esquecem outros pontos que determinam o processo saúde-doença. Entretanto, as limitações desse modelo em relação às enfermidades determinam a busca de uma nova concepção da saúde. Atualmente, o profissional de saúde deve entender que o paciente traz consigo uma série de crenças e medicamentos populares que são alternativas à cura de doenças. Diante disso, o estudo teve como objetivo identificar quais são as medidas tomadas pela população antes de procurar o atendimento médico e as mudanças de comportamento posteriores ao atendimento. A pesquisa feita foi do tipo qualitativa, ou seja, “não se preocupa com a generalização dos resultados, mas sim com o aprofundamento das questões que foram estudadas”, segundo as autoras do artigo. Além disso, ela foi submetida à um Comitê de Ética e ficou garantido o anonimato aos participantes da pesquisa. Foi possível inferir da pesquisa diferentes categorias de resultado: maneiras populares de se tratar de doenças e a prática conjunta da medicina popular e da convencional, chamada pelas autoras de “o convívio de saberes distintos”. As práticas populares de saúde ainda são adotadas pela população, apesar de diversas vezes serem rejeitadas pela ciência. A maioria da população acredita na eficácia de tais práticas e adota como primeira conduta, na presença de uma enfermidade, o tratamento com chás caseiros, banhos, alimentos, emplastos e benzeduras. A sabedoria no uso desses medicamentos populares vem de gerações, é um conhecimento passado ao longo do tempo entre as famílias. De acordo com as autoras, as pessoas adeptas ao tratamento através de práticas populares não se importam com a cientificidade dessas, mas sim com os resultados positivos que elas proporcionam. Além dessas práticas, que são baseadas em ervas medicinais, existe a medicina