resumo da parte 1 do livro Cultura: Um Conceito Antropológico
Este volume trata de uma discussão de um dilema: a conciliação da unidade biológica e a grande diversidade cultural da espécie humana. Heródoto, preocupou-se com o tema quando descreveu o sistema social dos lícios: tem um costume singular, no qual tomam o nome da mça, e não do pai. Ao considerar os costumes dos lícios diferentes, Heródoto tomou como referência a sua própria sociedade, agindo de uma maneira etnocêntrica. Já Tácito, cidadão romano em relação às tribos germânicas: o casamento na Alemanha é austero, e os bárbaros são quase únicos por se satisfazerem com uma mulher para cada.
Desde a antiguidade, foram comuns as tentativas de explicar as diferenças de comportamento entre os homens a partir das variações dos ambientes físicos. Basta comparar os costumes dos nossos contemporâneos que vivem no chamado mundo civilizado. Esta comparação pode começar pelo sentido do trânsito inglês, pelo nudismo ser uma prática tolerada em certas praias europeias, enquanto nos países islâmicos de orientação xiita as mulheres mal podem mostrar o rosto. Todos esses exemplos servem para mostrar que as diferenças de comportamento entre os homens não podem ser explicadas através das diversidades somatológicas ou mesológicas.
1- O Determinismo Biológico:
Os antropólogos estão convencidos que as diferenças genéticas não são determinantes das diferenças culturais. Segundo Feliz Keesing, "não existe correlação significativa entre a distribuição dos caracteres genéticos e a distribuição dos comportamentos culturais. Qualquer criança humana normal pode ser educada em qualquer cultura, se for colocada desde o início em situação conveniente de aprendizado". Em outras palavras, se colocarmos uma criança nascida nos EUA no Brasil logo após o seu nascimento, sob os cuidados de uma família sertaneja, ela crescerá como tal e não se diferenciará dos outros indivíduos dessa família.
A espécie humana se diferencia através do