RESUMO DA OBRA LEVIATÃ – PRIMEIRA PARTE HOBBES, T.
PRIMEIRA PARTE
DO HOMEM
CAPÍTULO I - Da sensação
Considerando os pensamentos de forma isolada,Hobbes conceitua cada um como uma representação ou aparência de alguma qualidade ou objeto, o qual atuando de diversas formas nos órgãos dos sentidos, produz aparências diversas. A origem destas, portanto, é a sensação, cuja causa é o objeto que faz pressão no órgão de cada sentido.
Assim como o reflexo de um objeto no espelho, em que sabemos da existência do objeto real e da sua aparência (ilusão), é desta forma a sensação, ou seja, a ilusão causada pela pressão ou movimento das coisas exteriores nos órgãos dos sentidos. No entanto, não é isso que ensinam as escolas de Filosofia em todas as Universidades da Cristandade. Elas defendem baseadas em certos textos de Aristóteles que, a coisa vista envia aspectos visíveis e a recepção pelos olhos é a visão; a coisa ouvida envia aspectos audíveis e ao entrar na orelha faz a audição. E, por conseguinte, ocorrendo da mesma maneira em relação ao entendimento. Hobbes realiza tal observação e crítica com a intenção de que certas coisas ensinadas possam ser corrigidas.
CAPÍTULO II – Da imaginação
De acordo com Hobbes, as escolas afirmam que os corpos pesados caem para baixo por falta de um desejo de estarem em repouso, atribuindo às coisas inanimadas o conhecimento do que é bom para a sua própria conservação (o que é algo absurdo).
O corpo em movimento tende a mover-se eternamente, mas quando algo o impede seu movimento vai cessando gradualmente, com o tempo. A mesma coisa acontece com os movimentos internos do homem. Quando ele vê ou sonha mesmo após o objeto ter desaparecido ou estivermos de olhos fechados a imagem se mantém, embora com pouca