resumo da introdução do livro “A Representação do Eu na Vida Cotidiana” de Erving Goffman
Disciplina: Introdução à Sociologia
Resumo: GOFFMAN, Erving – A Representação do Eu na Vida Cotidiana
O objetivo deste trabalho é apresentar um resumo da introdução do livro “A Representação do Eu na Vida Cotidiana” de Erving Goffman.
Erving Goffman inicia a introdução com uma situação banal: a aproximação de um individuo de um grupo. A aproximação implica uma série de questionamentos que tem como intuito obter informação a respeito dessa nova figura. Essa informação serve para delimitar a situação, fazendo com que o grupo seja capaz de saber de antemão o que se espera deles, assim como o que esperar do individuo. Estando informados, saberão como devem agir para atingir o melhor proveito da situação.
Para Goffman, nesse contexto, existem muitas fontes de informações acessíveis e muitos “veículos de indícios” para transmitir a informação. Há de se considerar uma variante decisiva para a utilização adequada dessas fontes e veículos: se o individuo já é conhecido ou não do grupo. Caso o sujeito seja desconhecido, o grupo não poderá predizer seu comportamento baseando-se em seus traços psicológicos, tendo em vista que não estão informados a respeito deles. Nessa situação, os observadores dependem de “estereótipos não comprovados”, que também não passam de suposições. A diferença básica é que essas suposições são fundamentadas na idéia de que “somente indivíduos de determinado tipo são provavelmente encontrados em um dado cenário social”; a experiência do grupo não é com o individuo, e sim com indivíduos aproximadamente parecidos dele.
Contudo, a informação conclusiva de que os observadores precisam para determinar como devem agir pode não ser inteiramente revelada durante a ocasião da interação. Existem fatos decisivos que não são necessariamente demonstrados. Por exemplo, as atividades “verdadeiras” ou “reais” só podem ser constatadas “através de confissões ou do que parece ser um comportamento expressivo involuntário”.