goffman
PAPÉIS SOCIAIS, HARMONIA E CONFLITO NO AMBIENTE
EMPRESARIAL: REFLEXÕES SOCIOLÓGICAS A PARTIR DA
OBRA DE ERVING GOFFMAN
Cristiano das neves Bodart1
RESUMO
A partir da obra “A representação do Eu na vida cotidiana”, de Erving Goffman, são realizadas algumas reflexões sociológicas em torno das representações sociais realizadas no ambiente empresarial. Objetiva-se colaborar para a compreensão desse jogo de representações que envolvem empresários, colaboradores e clientes inseridos nesse ambiente marcado por conflitos e por busca de harmonias social.
PALAVRAS-CHAVE: Papel Social; Jogo Representativo; Ambiente Empresarial.
1 INTRODUÇÃO
A obra de Goffman “A representação do eu na vida cotidiana”, publicada originalmente em 1975, trouxe uma grande colaboração para a Sociologia, especialmente para a micro-sociologia. Por meio desta obra, Goffman apresentou o jogo político que marca as representações sociais do cotidiano.
Essa perspectiva é fortemente influenciada pelas contribuições de sociólogos alemães, como Max Weber e Alfred Schutz. Para tais teóricos, o ciência não pode se apartar do exame estrito das experiências reais. Schutz (1973), apresentou que as nossas ações sociais são motivadas por fenômenos sociais que nos certa e por nossa capacidade de refletir sobre elas que é possível devido ao estoque de experiências passadas.
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Doutorando em Sociologia pela Universidade de São Paulo/USP. Professor de Sociologia, Filosofia e Ética da Faculdade Novo Milênio-Vila Velha/ES. E-mail: cristianobodart@usp.br
Revista Foco. 5º edição. Abril de 2012. ISSN 1981-223X
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O presente artigo parte dos apontamentos sociológicos de Erving Goffman para a compreensão das representações dos papéis sociais. Objetiva-se aqui repensar tais apontamentos sob o propósito de compreender os jogos representativos existentes no ambiente empresarial. Acredita-se que tal esforço corrobora para que empresários, colaboradores e clientes