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GOFFMAN, Erving. A Representação do Eu na Vida Cotidiana – Petrópolis, Vozes: 2011.
O autor desenvolveu pesquisas na linha da sociologia interativa e cultural, iniciadas por Weber ,também teve grande influência de Shutz. Goffman vai se utilizar do teatro para analisar interações sociais com o foco na micro interação, a interação de um pequeno grupo num dado momento e em um determinado espaço, a relações face a face. Assim como no teatro o ator tenta convencer de sua atuação, através de suas ações. Goffman vai analisar as diversas técnicas utilizadas nessas interações.
Na introdução o autor analisa que já na primeira interação entre os indivíduos, procuramos colher o máximo de informação em relação o outro afim de definir de forma clara a situação, o que uns esperam dos outros. Vamos buscar informações em experiências passadas, nos estereótipos, vamos analisar roupas, o cenário social, provas documentadas apresentadas pelo ator, ou a confiança no que ele está dizendo. Mas as vezes o tempo dessa interação é curto e ou o lugar não permite uma interação mais aprofundada, “o indivíduo terá de agir de tal modo que, com ou sem intenção, expresse a si mesmo, e os outros por sua vez terão que ser de algum modo impressionados por ele” (pg. 12). O autor cita duas formas de dar impressão, a expressão transmitida e a expressão emitida. Goffman vai se focar mais na explicação das expressões emitidas que segundo ele só são percebidas pelo olhar atento de um sociólogo. Esta comunicação é “de tipo mais teatral e contextual, de natureza não verbal e presumivelmente não intencional, quer esta comunicação seja arquitetada propositalmente quer não” (pg. 14).
O autor se utiliza de termos da área do teatro como representação, ator, isso pode passar a impressão que o que o individuo faz é sempre ensaiado, premeditado. Goffmann vai dizer que dos dois processos de comunicação , o individuo só possui plena consciência de um deles: a expressão transmitida; porem ele pode possuir